Composta por métodos burocráticos, o processo de credenciar uma clínica em um convênio odontológico pode ser estressante. O trato na avaliação e credenciamento muitas vezes é desconhecido por profissionais da saúde. É certo que, nessas ocasiões, o procedimento pode ser curto ou demorado, com muitas análises e questões a serem resolvidas para firmar a parceria, que varia entre os convênios médicos.
Grande parte da frustração dos profissionais durante esse segmento é justamente por não saberem como funciona o processo, qual é a documentação necessária, quais são as informações sobre a vigência reguladora e outros dados.
Se você já está firme na decisão de trabalhar como um dentista cooperado e credenciar sua clínica, não fique desorientado. Alguns passos são necessários para o cumprimento dessa etapa. Alguns especialistas procuram empresas especializadas em realizar essa ação com convênios médicos. Contudo, se você mesmo for fazer o procedimento, fique atento aos pontos que você precisa seguir e aprenda como realizá-los em processos futuros.
Documentação e solicitação
Vamos lá, você iniciará o credenciamento. Contate o convênio odontológico com o qual quer trabalhar. O nome da sua clínica estará disponível na lista de consultórios que prestam serviços englobados pela operadora de saúde odontológica. Com o preenchimento de uma ficha, a empresa terá todas as informações necessárias sobre seu interesse em trabalhar na corporação, como há quanto tempo sua clínica está ativa no mercado, quais são os serviços que ela presta aos clientes e uma carta de solicitação para requerer aceitação da operadora.
Por se tratar de uma clínica, o seu credenciamento é feito como pessoa jurídica. Para evitar possíveis transtornos, atualize toda a sua documentação. Segue a lista de todos os documentos primordiais:
• contrato social da sua clínica;
• alvarás de funcionamento e da vigilância sanitária atualizados;
• comprovante da conta bancária;
• cartão atualizado do CNPJ;
• inscrição do CCM ou o ISS avaliado pela prefeitura e o comprovante do último pagamento feito;
• certificado de inscrição no CRM e da entidade atualizados;
• certificado do CNES, comprovante do último pagamento feito da taxa de fiscalização da clínica;
• CRM do responsável técnico do consultório e, se houver, a última alteração contratual.;
Também não se esqueça de levar seu currículo, seu diploma, sua certificação atualizada do CRM e seu título de especialização (caso você seja o responsável técnico) e CPF.
Essa lista é apenas uma amostra do que a maioria dos convênios médicos solicita do responsável técnico. As corporações têm liberdade de exigir outros documentos necessários, já que o método varia de uma empresa para outra. Caso queira trabalhar conveniado com uma cooperativa, é provável que seja necessária a realização de uma prova de seleção. Por isso, esteja ciente dos critérios dos convênios médicos que você avaliou.
Limite de credenciamentos
Caso tenha interesse em ser colaborador em outros convênios médicos, fique à vontade para firmar parceria com outras organizações. Não há limites para estabelecer relações com mais de um convênio. Entretanto, é sempre bom alertar irregularidades fiscais ou financeiras que alguns convênios médicos podem estar envolvidos. Lembre-se que isso não só pode trazer riscos à sua clínica, como também a seus pacientes. Havendo impossibilidade técnica que prejudique o credenciamento em mais de um convênio, fique somente com um.
Regularização e renovação de contrato
Com a entrega completa dos documentos e de estudar bem a instituição, inicie o processo de regularização entre sua clínica e o convênio. Todos os convênios médicos precisam seguir os passos estabelecidos na Lei Nº 13.003/14, que trata sobre as normas jurídicas determinadas pela ANS para estabelecer um relacionamento seguro entre profissionais da saúde e os convênios médicos. Todos os acertos mostrados no contrato precisam ser claros e os dois lados, dentista e plano odontológico, precisam estar em comum acordo com a decisão, tanto para responsabilidades e direitos como também em punições, caso um dos lados transgrida alguma regra que foi estabelecida na lei.
Todo contrato precisa ser renovado. No caso do credenciamento, é a mesma coisa. Fique atento à data de renovação. Pode ser quando o período de contrato com a operadora chega ao fim ou quando houver alguma alteração estipulada pelo próprio convênio ou de um órgão público vigente. Os convênios precisam alertar os profissionais sobre supostas intervenções que possam surgir.
Uma dica essencial é o estudo das operadoras de saúde e como elas agem para credenciar uma clínica. Essas informações são atos geralmente feitos por todas elas, porém, cada uma possui um jeito próprio de agir nesse processo. Questões relacionadas a faturamento, quantidade de consultas feitas no mês, dados sobre pagamentos e glosas, valores de guias e o tempo para receber o pagamento feito por seus atendimentos são trabalhados obrigatoriamente por todos os planos odontológicos. Mas não se esqueça que cada uma delas tem sua metodologia para acioná-las.
Em virtude disso, procure algum colega de trabalho que já possui vínculo com algum convênio que tenha interesse em se credenciar. Muitas vezes, o que mais pode lhe ajudar é a informação.
Fonte: http://blog.imedicina.com.br/como-vincular-minha-clinica-odontologica-a-convenios-medicos/